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22 de junho de 2007
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Em que crem os outros 531h1s
Por Carlo Carrenho

Tendemos ao gueto. Como cristos, e especialmente evanglicos, temos esta estranha tendncia de nos afastarmos do mundo, de ignor-lo, de repudi-lo sempre. Digo estranha porque nada poderia ser mais antibblico ou anticristo. "Vocs so a luz do mundo. No se pode esconder uma cidade construda sobre um monte. E, tambm, ningum acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrrio, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que esto na casa, j dizia Jesus no seu tempo (Mt 5.14-15). Alm disso, o famoso Ama a teu prximo com a ti mesmo, outro dos mandamentos do Filho de Deus, exige que conheamos o prximo. E para conhecer necessrio conviver.
O livro Deus e eu (Casa da Palavra, 168 pp., R$ 29,90) uma grande oportunidade para deixarmos nosso mundinho gospel por alguns momentos e tentarmos conhecer um pouco mais intimamente o mundo l fora. De certa forma, foi justamente isso que o autor da obra, o cineasta italiano e catlico Antonio Monda, fez ao resolver entrevistar vrias personalidades e pedir-lhes que dissessem com honestidade se acreditavam na existncia de Deus. As respostas colhidas so, no mnimo, instigantes. A atriz Jane Fonda afirma que Deus foi o primeiro feminista. Martin Scorsese lembra que sua relao com a religio determinante. E a escritora Toni Morrison v Deus com tamanha grandeza que at a Bblia, esse livro maravilhoso escrito por extraordinrios visionrios, pequena e redutora em relao grandeza de Deus.
A viso de Antonio Monda a respeito da f e do Cristianismo no menos interessante do que as reflexes de seus entrevistados. O autor inclusive defende a Igreja de forma bastante efusiva. Sempre achei pouco convincente a posio daqueles que reconhecem a existncia de Deus, e a divindade de Cristo, mas contestam (ou mesmo desprezam) a Igreja, afirma Monda logo na introduo da obra.
Para sermos o sal e a luz do mundo, precisamos estar no mundo, conhec-lo, ainda que no compartilhemos seus valores. a velha e esquecida idia de refutar o pecado mas amar os pecadores. Neste sentido, o livro de Monda ganha uma dimenso maior para ns, cristos, e funciona como um olho mgico que revela a intimidade espiritual de crdulos e incrdulos espalhados pelo mundo.
Carlo Carrenho editor de livros, publisher da Thomas Nelson Brasil, e se orgulha de ter recentemente publicado Como os Pingins Me Ensinaram a Entender Deus, livro de reflexes sobre espiritualidade do escritor Donald Miller.

Tendemos ao gueto. Como cristos, e especialmente evanglicos, temos esta estranha tendncia de nos afastarmos do mundo, de ignor-lo, de repudi-lo sempre. Digo estranha porque nada poderia ser mais antibblico ou anticristo. "Vocs so a luz do mundo. No se pode esconder uma cidade construda sobre um monte. E, tambm, ningum acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrrio, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que esto na casa, j dizia Jesus no seu tempo (Mt 5.14-15). Alm disso, o famoso Ama a teu prximo com a ti mesmo, outro dos mandamentos do Filho de Deus, exige que conheamos o prximo. E para conhecer necessrio conviver.
O livro Deus e eu (Casa da Palavra, 168 pp., R$ 29,90) uma grande oportunidade para deixarmos nosso mundinho gospel por alguns momentos e tentarmos conhecer um pouco mais intimamente o mundo l fora. De certa forma, foi justamente isso que o autor da obra, o cineasta italiano e catlico Antonio Monda, fez ao resolver entrevistar vrias personalidades e pedir-lhes que dissessem com honestidade se acreditavam na existncia de Deus. As respostas colhidas so, no mnimo, instigantes. A atriz Jane Fonda afirma que Deus foi o primeiro feminista. Martin Scorsese lembra que sua relao com a religio determinante. E a escritora Toni Morrison v Deus com tamanha grandeza que at a Bblia, esse livro maravilhoso escrito por extraordinrios visionrios, pequena e redutora em relao grandeza de Deus.
A viso de Antonio Monda a respeito da f e do Cristianismo no menos interessante do que as reflexes de seus entrevistados. O autor inclusive defende a Igreja de forma bastante efusiva. Sempre achei pouco convincente a posio daqueles que reconhecem a existncia de Deus, e a divindade de Cristo, mas contestam (ou mesmo desprezam) a Igreja, afirma Monda logo na introduo da obra.
Para sermos o sal e a luz do mundo, precisamos estar no mundo, conhec-lo, ainda que no compartilhemos seus valores. a velha e esquecida idia de refutar o pecado mas amar os pecadores. Neste sentido, o livro de Monda ganha uma dimenso maior para ns, cristos, e funciona como um olho mgico que revela a intimidade espiritual de crdulos e incrdulos espalhados pelo mundo.
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