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09 de outubro de 2024
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Cincia e religio so compatveis? resenha 1z2a5s
O debate com Dennett super vel: curto, simples, direto, engraado e envolvente
Por Davi Bastos
Uma tima introduo filosofia da religio e ao debate acerca do suposto conflito entre cincia e evoluo, Cincia e religio so compatveis? um livrinho curto, construdo a partir de um debate presencial entre dois dos mais famosos filsofos da tradio analtica na segunda metade do sculo 20: Daniel Dennett, ateu, e Alvin Plantinga, cristo.
Tive a honra no apenas de trabalhar como coeditor deste livro, mas tambm de traduzi-lo. Diverti-me muito com os cenrios hipotticos que ambos os autores constroem com funo argumentativa e retrica. O professor Plantinga como testemunha no tribunal (cenrio construdo por Dennett) e o dennettismo, a crena de que Dennett interferiu no cenrio evolutivo 500 milhes de anos atrs (cenrio proposto por Plantinga), so histrias especialmente divertidas.
Embora os discursos de Dennett e Plantinga sejam apaixonados e carregados de retrica a ponto de Dennett ter cortado grande parte de suas falas para a verso impressa , h tambm boa filosofia em jogo aqui. Plantinga ressalta que seu debate com o ateu Michael Tooley (do livro Conhecimento de Deus, de Plantinga e Tooley, publicado pela Edies Vida Nova) muito mais srio e filosoficamente elaborado. No tenho certeza, contudo, de que eu j tenha conhecido algum que leu e entendeu tudo o que est em jogo no debate de Plantinga e Tooley, carregado de linguagem tcnica e formal. O debate com Dennett super vel: curto, simples, direto, engraado e envolvente. Como digo na apresentao edio brasileira, uma leitura para uma tarde de sbado ao menos para o filsofo treinado.
Posso dizer com satisfao que a edio brasileira corrigiu muitos (muitos mesmo!) erros da edio original. Sem a mesma satisfao, ito que a nossa edio introduziu alguns erros dela prpria. Os mais graves (que notei at o momento) esto nas pginas 24 e 47. Na pgina 24, onde consta me limitarei, nessa fala, h um conjunto de questes [] deveria constar, claro, o seguinte: me limitarei, nessa fala, a um conjunto de questes []. Na pgina 47 o erro mais grave: onde se l concedo que h um conflito religio-cincia, ou religio-quasi-cincia, o correto seria concedo que h um conflito cincia-religio, ou cincia-quasi-religio. Reli a traduo pelo menos cinco vezes aps complet-la, mas, infelizmente, esses erros no foram detectados. Comprem bastante o livro para que possamos fazer uma reimpresso corrigindo essas falhas, por favor!
Como tradutor, o maior desafio foi manter-me fiel ao original. Contudo, o tom do debate no original bem coloquial, no bom estilo da filosofia analtica, que almeja simplicidade na linguagem. Eu no poderia traduzir, como por vezes feito, valendo-me do academiqus tupiniquim usual, que formal, bonito e rebuscado. O original no assim, ento a traduo tambm no deve ser. E, por isso, priorizei como ncleo de sentido as sentenas inteiras, prezando pela adequao s palavras isoladas apenas em casos indispensveis. Com isso quero dizer que tentei traduzir cada frase colocando-a na ordenao sinttica mais usual no portugus coloquial falado no Brasil, para tornar a leitura fluida, e vali-me prioritariamente de expresses e termos cotidianos, no apenas facilmente compreensveis por uma maior parcela da populao, mas de forma a tornar a compreenso simples, direta e rpida mesmo para os acadmicos. Para facilitar ainda mais a vida do leitor, muitas notas de rodap explicativas foram adicionadas.
Basta de consideraes sobre a forma. Voltemo-nos para o contedo. A discusso do livro se a teoria da evoluo ou no compatvel com a tese de que Deus criou os seres vivos. No a tpica discusso de criacionismo e evolucionismo embora o pblico da ABC j h muito tenha superado esse falso dilema , em que assume-se que evoluo e criao so incompatveis, mas um lado defende a evoluo enquanto o outro defende a criao. Aqui, Plantinga, cristo, defende que evoluo e criao so compatveis, e que, portanto, assumir a evoluo como resultado cientfico no significa negar a criao das espcies por Deus. Deus pode ter intervindo no curso da evoluo para direcionar o surgimento das diversas espcies e, especialmente, para garantir o surgimento da humanidade sua imagem e semelhana. Dennett, por outro lado, acha essa tese tanto desnecessria quanto ridcula. Para ele, a evoluo plenamente capaz de explicar o surgimento das espcies, incluindo da humanidade, sem precisar de nenhum direcionamento divino. Alm disso, ridculo que um ser onipotente e bom se valesse de um processo to desperdiador e cruel a evoluo evidncia de que Deus no criou as espcies, porque ele jamais se valeria desse mtodo para cri-las. Aqui, o criacionista que rejeita a teoria da evoluo talvez tenha um ponto de concordncia com Dennett.

O livro contm 6 captulos. O artigo inicial de Plantinga a maior parte do livro (captulo 1), e seguido por uma breve crtica de Dennett (captulo 2) e por uma resposta de Plantinga (captulo 3). Esses trs captulos so transcries editadas (especialmente a fala de Dennett) do debate presencial entre os autores. Depois, temos mais trs captulos que foram escritos para a verso impressa, isto , para o livro: uma resposta um pouco mais elaborada de Dennett (captulo 4), uma resposta de Plantinga (captulo 5) e um ltimo discurso de Dennett (captulo 6). A leitura mais densa a do captulo 1, que consiste em um artigo escrito por Plantinga e apresentado em uma conferncia da sociedade filosfica americana. As rplicas e trplicas so mais fceis e fluidas de ler, bem menos acadmicas.
O que mais me surpreendeu nesse livro foi ver como os compromissos e as emoes dos autores afetaram a qualidade do debate. A qualidade retrica subiu muito, a um nvel incomum na filosofia. E a qualidade argumentativa caiu muito, com poucas respostas bem direcionadas e pouqussima interpretao caridosa da posio do adversrio. Dennett, em especial, parece totalmente incapaz de considerar as teses de Plantinga como minimamente plausveis. Ainda assim, como seria de se esperar de dois filsofos to talentosos, h muita filosofia bem feita no livro. A compreenso de biologia e outras cincias de Dennett e sua maestria no uso de experimentos mentais (construo de cenrios hipotticos para defender alguma tese filosfica) merecem ateno e tm muito a ensinar ao estudante ou ao no iniciado na filosofia. O domnio de lgica e metafsica de Plantinga, por outro lado, prov timos exemplos de argumentao filosfica slida, ainda que se possa discordar de suas premissas.
O ponto mais surpreendente na argumentao filosfica o argumento de Plantinga contra o naturalismo. Segundo ele, a evoluo conta como evidncia no contra a criao e o projeto (design) das espcies por Deus, mas sim contra o naturalismo isto , contra a afirmao de que no existe nada sobrenatural, de que tudo pode ser descrito ou explicado por mecanismos e leis da natureza. Plantinga afirma que a evoluo direcionada adaptao: organismos bem adaptados sobrevivem e transmitem sua informao gentica para a prxima gerao, enquanto organismos mal adaptados no sobrevivem (explicando a noo de adaptao de forma bem simplista). Ora, um sapo pode ser muito bem adaptado para comer moscas sem sequer se dar conta de que existem moscas. Tudo o que necessrio que o seu corpo detecte moscas e dispare sua lngua na velocidade e na direo adequadas. Mas o sapo no precisa ter nenhuma conscincia de que isso est acontecendo. Da mesma forma, nossos glbulos brancos so bem adaptados para combater corpos estranhos que invadam nosso organismo, mas ns no precisamos estar conscientes desses processos para que eles funcionem. Funcionam muito bem, adaptativamente, para contribuir com nossa sobrevivncia e procriao. Ora, por que o naturalista supe, ento, que seu crebro seja uma ferramenta confivel para conhecer verdades sobre a realidade? Se o crebro surgiu por processos evolutivos, ento seu objetivo contribuir com a sobrevivncia e procriao do organismo.
Para isso, conhecer a verdade totalmente dispensvel, como vimos nos exemplos do sapo e do glbulo branco. Pode ser que uma grande iluso seja proveitosa para nossa sobrevivncia. O conhecimento proveitoso, mas ele no a nica possibilidade proveitosa, e no temos motivos naturalistas para crer que o conhecimento foi, em detrimento das outras possibilidades, aquilo que nosso crebro foi moldado para alcanar. Dessa forma, o naturalista, ao defender a evoluo, teria por consequncia que as suas prprias faculdades cognitivas possivelmente no so confiveis de fato, provavelmente no o so. O naturalista, portanto, teria excelentes motivos para duvidar de tudo em que acredita. O testa, por outro lado, possui uma explicao: nossas faculdades cognitivas foram projetadas para nos prover conhecimento por Deus, que bondoso e no intenciona enganar-nos, e que deseja que ns o conheamos.
Quem venceu o debate? Em minha opinio, no h o que vencer nesse debate. O leitor quem ganha com tudo isso, tendo a oportunidade de apreciar dois excelentes filsofos em ao. Se pressionado, diria que Plantinga certamente argumentou com mais profundidade mas, afinal, a discusso toda gira em torno de um artigo escrito por ele, e de se esperar que ele esteja mais familiarizado e preparado para lidar com o debate quando ele quem coloca os termos em que o debate ir se desdobrar. Alm disso, eu, como cristo, li o livro torcendo pelo Plantinga! Talvez eu seja, nesse caso, um observador bastante enviesado. Minha sugesto que voc leia o livro e tire suas prprias concluses. Certamente ser uma experincia enriquecedora.
Artigo publicado originalmente no site Unus Mundus. Reproduzido com permisso.
REVISTA ULTIMATO AS BEM-AVENTURANAS MARCAS DE UM NOVO MUNDO
Ultimato quer mostrar a beleza e a atualidade das bem-aventuranas, resgatando seu sentido bblico e refletindo sobre seu impacto na vida do cristo, da igreja e do mundo.
Este o desafio: voltar a ler as bem-aventuranas como quem l a mensagem pela primeira vez, com reverncia para perceber e memorizar as exigncias do seguimento e alegre expectativa.
disso que trata a matria de capa da edio 409 da revista Ultimato. Para , clique aqui.
Saiba mais:
Srie Filosofia e F Crist
Os Territrios da Cincia e da Religio, de Peter Harrison
A filosofia afasta as pessoas de Deus? Perguntas e respostas fundamentais sobre filosofia parte 2,
Por Davi Bastos

Tive a honra no apenas de trabalhar como coeditor deste livro, mas tambm de traduzi-lo. Diverti-me muito com os cenrios hipotticos que ambos os autores constroem com funo argumentativa e retrica. O professor Plantinga como testemunha no tribunal (cenrio construdo por Dennett) e o dennettismo, a crena de que Dennett interferiu no cenrio evolutivo 500 milhes de anos atrs (cenrio proposto por Plantinga), so histrias especialmente divertidas.
Embora os discursos de Dennett e Plantinga sejam apaixonados e carregados de retrica a ponto de Dennett ter cortado grande parte de suas falas para a verso impressa , h tambm boa filosofia em jogo aqui. Plantinga ressalta que seu debate com o ateu Michael Tooley (do livro Conhecimento de Deus, de Plantinga e Tooley, publicado pela Edies Vida Nova) muito mais srio e filosoficamente elaborado. No tenho certeza, contudo, de que eu j tenha conhecido algum que leu e entendeu tudo o que est em jogo no debate de Plantinga e Tooley, carregado de linguagem tcnica e formal. O debate com Dennett super vel: curto, simples, direto, engraado e envolvente. Como digo na apresentao edio brasileira, uma leitura para uma tarde de sbado ao menos para o filsofo treinado.
Posso dizer com satisfao que a edio brasileira corrigiu muitos (muitos mesmo!) erros da edio original. Sem a mesma satisfao, ito que a nossa edio introduziu alguns erros dela prpria. Os mais graves (que notei at o momento) esto nas pginas 24 e 47. Na pgina 24, onde consta me limitarei, nessa fala, h um conjunto de questes [] deveria constar, claro, o seguinte: me limitarei, nessa fala, a um conjunto de questes []. Na pgina 47 o erro mais grave: onde se l concedo que h um conflito religio-cincia, ou religio-quasi-cincia, o correto seria concedo que h um conflito cincia-religio, ou cincia-quasi-religio. Reli a traduo pelo menos cinco vezes aps complet-la, mas, infelizmente, esses erros no foram detectados. Comprem bastante o livro para que possamos fazer uma reimpresso corrigindo essas falhas, por favor!
Como tradutor, o maior desafio foi manter-me fiel ao original. Contudo, o tom do debate no original bem coloquial, no bom estilo da filosofia analtica, que almeja simplicidade na linguagem. Eu no poderia traduzir, como por vezes feito, valendo-me do academiqus tupiniquim usual, que formal, bonito e rebuscado. O original no assim, ento a traduo tambm no deve ser. E, por isso, priorizei como ncleo de sentido as sentenas inteiras, prezando pela adequao s palavras isoladas apenas em casos indispensveis. Com isso quero dizer que tentei traduzir cada frase colocando-a na ordenao sinttica mais usual no portugus coloquial falado no Brasil, para tornar a leitura fluida, e vali-me prioritariamente de expresses e termos cotidianos, no apenas facilmente compreensveis por uma maior parcela da populao, mas de forma a tornar a compreenso simples, direta e rpida mesmo para os acadmicos. Para facilitar ainda mais a vida do leitor, muitas notas de rodap explicativas foram adicionadas.
Basta de consideraes sobre a forma. Voltemo-nos para o contedo. A discusso do livro se a teoria da evoluo ou no compatvel com a tese de que Deus criou os seres vivos. No a tpica discusso de criacionismo e evolucionismo embora o pblico da ABC j h muito tenha superado esse falso dilema , em que assume-se que evoluo e criao so incompatveis, mas um lado defende a evoluo enquanto o outro defende a criao. Aqui, Plantinga, cristo, defende que evoluo e criao so compatveis, e que, portanto, assumir a evoluo como resultado cientfico no significa negar a criao das espcies por Deus. Deus pode ter intervindo no curso da evoluo para direcionar o surgimento das diversas espcies e, especialmente, para garantir o surgimento da humanidade sua imagem e semelhana. Dennett, por outro lado, acha essa tese tanto desnecessria quanto ridcula. Para ele, a evoluo plenamente capaz de explicar o surgimento das espcies, incluindo da humanidade, sem precisar de nenhum direcionamento divino. Alm disso, ridculo que um ser onipotente e bom se valesse de um processo to desperdiador e cruel a evoluo evidncia de que Deus no criou as espcies, porque ele jamais se valeria desse mtodo para cri-las. Aqui, o criacionista que rejeita a teoria da evoluo talvez tenha um ponto de concordncia com Dennett.

O livro contm 6 captulos. O artigo inicial de Plantinga a maior parte do livro (captulo 1), e seguido por uma breve crtica de Dennett (captulo 2) e por uma resposta de Plantinga (captulo 3). Esses trs captulos so transcries editadas (especialmente a fala de Dennett) do debate presencial entre os autores. Depois, temos mais trs captulos que foram escritos para a verso impressa, isto , para o livro: uma resposta um pouco mais elaborada de Dennett (captulo 4), uma resposta de Plantinga (captulo 5) e um ltimo discurso de Dennett (captulo 6). A leitura mais densa a do captulo 1, que consiste em um artigo escrito por Plantinga e apresentado em uma conferncia da sociedade filosfica americana. As rplicas e trplicas so mais fceis e fluidas de ler, bem menos acadmicas.
O que mais me surpreendeu nesse livro foi ver como os compromissos e as emoes dos autores afetaram a qualidade do debate. A qualidade retrica subiu muito, a um nvel incomum na filosofia. E a qualidade argumentativa caiu muito, com poucas respostas bem direcionadas e pouqussima interpretao caridosa da posio do adversrio. Dennett, em especial, parece totalmente incapaz de considerar as teses de Plantinga como minimamente plausveis. Ainda assim, como seria de se esperar de dois filsofos to talentosos, h muita filosofia bem feita no livro. A compreenso de biologia e outras cincias de Dennett e sua maestria no uso de experimentos mentais (construo de cenrios hipotticos para defender alguma tese filosfica) merecem ateno e tm muito a ensinar ao estudante ou ao no iniciado na filosofia. O domnio de lgica e metafsica de Plantinga, por outro lado, prov timos exemplos de argumentao filosfica slida, ainda que se possa discordar de suas premissas.
O ponto mais surpreendente na argumentao filosfica o argumento de Plantinga contra o naturalismo. Segundo ele, a evoluo conta como evidncia no contra a criao e o projeto (design) das espcies por Deus, mas sim contra o naturalismo isto , contra a afirmao de que no existe nada sobrenatural, de que tudo pode ser descrito ou explicado por mecanismos e leis da natureza. Plantinga afirma que a evoluo direcionada adaptao: organismos bem adaptados sobrevivem e transmitem sua informao gentica para a prxima gerao, enquanto organismos mal adaptados no sobrevivem (explicando a noo de adaptao de forma bem simplista). Ora, um sapo pode ser muito bem adaptado para comer moscas sem sequer se dar conta de que existem moscas. Tudo o que necessrio que o seu corpo detecte moscas e dispare sua lngua na velocidade e na direo adequadas. Mas o sapo no precisa ter nenhuma conscincia de que isso est acontecendo. Da mesma forma, nossos glbulos brancos so bem adaptados para combater corpos estranhos que invadam nosso organismo, mas ns no precisamos estar conscientes desses processos para que eles funcionem. Funcionam muito bem, adaptativamente, para contribuir com nossa sobrevivncia e procriao. Ora, por que o naturalista supe, ento, que seu crebro seja uma ferramenta confivel para conhecer verdades sobre a realidade? Se o crebro surgiu por processos evolutivos, ento seu objetivo contribuir com a sobrevivncia e procriao do organismo.
Para isso, conhecer a verdade totalmente dispensvel, como vimos nos exemplos do sapo e do glbulo branco. Pode ser que uma grande iluso seja proveitosa para nossa sobrevivncia. O conhecimento proveitoso, mas ele no a nica possibilidade proveitosa, e no temos motivos naturalistas para crer que o conhecimento foi, em detrimento das outras possibilidades, aquilo que nosso crebro foi moldado para alcanar. Dessa forma, o naturalista, ao defender a evoluo, teria por consequncia que as suas prprias faculdades cognitivas possivelmente no so confiveis de fato, provavelmente no o so. O naturalista, portanto, teria excelentes motivos para duvidar de tudo em que acredita. O testa, por outro lado, possui uma explicao: nossas faculdades cognitivas foram projetadas para nos prover conhecimento por Deus, que bondoso e no intenciona enganar-nos, e que deseja que ns o conheamos.
Quem venceu o debate? Em minha opinio, no h o que vencer nesse debate. O leitor quem ganha com tudo isso, tendo a oportunidade de apreciar dois excelentes filsofos em ao. Se pressionado, diria que Plantinga certamente argumentou com mais profundidade mas, afinal, a discusso toda gira em torno de um artigo escrito por ele, e de se esperar que ele esteja mais familiarizado e preparado para lidar com o debate quando ele quem coloca os termos em que o debate ir se desdobrar. Alm disso, eu, como cristo, li o livro torcendo pelo Plantinga! Talvez eu seja, nesse caso, um observador bastante enviesado. Minha sugesto que voc leia o livro e tire suas prprias concluses. Certamente ser uma experincia enriquecedora.
Artigo publicado originalmente no site Unus Mundus. Reproduzido com permisso.

Ultimato quer mostrar a beleza e a atualidade das bem-aventuranas, resgatando seu sentido bblico e refletindo sobre seu impacto na vida do cristo, da igreja e do mundo.
Este o desafio: voltar a ler as bem-aventuranas como quem l a mensagem pela primeira vez, com reverncia para perceber e memorizar as exigncias do seguimento e alegre expectativa.
disso que trata a matria de capa da edio 409 da revista Ultimato. Para , clique aqui.
Saiba mais:
Srie Filosofia e F Crist
Os Territrios da Cincia e da Religio, de Peter Harrison
A filosofia afasta as pessoas de Deus? Perguntas e respostas fundamentais sobre filosofia parte 2,
Davi Bastos casado com Samara e pai de Moiss, Anastcia (in memoriam) e Irene. editor da srie de livros Filosofia e F Crist (Editora Ultimato) e doutorando em filosofia na Unicamp.
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