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Opinio 1l3n6q

C. S. Lewis e o Deus alm da dor e da desesperana 3n2o2b

Por Rosifran Macedo
Ao enfrentarmos, hoje, dores e sofrimentos vindos de tantas frentes de batalhas pandemia, enfermidades, mortes de queridos, distanciamento social, isolamento e solido , podemos sentir que os sermes nos venderam investimentos que s do prejuzo, ou que fomos abandonados no meio da guerra. Ser que os Cus nos enganaram ou enganamos a ns mesmos ao tentar manipular a Deus em benefcio prprio? Perodos como o que vivemos so oportunospara reexaminarmos os tesouros onde temos colocado nossos coraes.
Ao lidar com o luto da perda de sua esposa, C. S. Lewis desejava manter a lembrana dela a qualquer custo, na tentativa de alivar sua dor. Mas quanto maior era o esforo, mais intensa era a dor. Assim, ele chegou concluso de que:
Voc no pode, na maioria dos casos, obter o que voc deseja se voc desej-lo desesperadamente; de qualquer jeito, voc no poder desfrutar do melhor daquilo... Para a pessoa que sofre de insnia o desejo desesperado de que "precisa dormir", normalmente, d incio a horas sem sono. A pessoa com uma sede voraz no pode, de fato, apreciar uma boa bebida.1

Essa ideia vai contra a tendncia atual de que precisamos perseguir os nossos sonhos e desejos com toda a paixo e determinao. A cultura das metas a serem alcanadas a qualquer custo, dos sonhos grandes e da busca implacvel da realizao de algum desejo parece, no final, no trazer a felicidade to prometida e talvez seja em si uma barreira prpria felicidade.
A razo que ele aponta para isto que quando a realizao de um desejo a conquista de um alvo, o estabelecimento de uma relao, a soluo de um problema, ou mesmo a cura de uma enfermidade se torna um fim em si mesmo, ou seja, a fonte da nossa felicidade, isso nos afasta da Fonte Verdadeira. Quando o desejo se torna um fim, ns podemos nos aproximar de Deus apenas como um meio; as nossas oraes, os nossos cultos e a nossa espiritualidade podem se tornar uma mera tentativa de manipular Deus para que Ele nos conceda o que tanto desejamos. Por isso, Lewis nos adverte:
...eu sei perfeitamente bem que Ele no pode ser usado como um caminho. Se voc se dirigir a Ele, no como o Alvo, mas como um caminho, no como o Fim, mas como um meio, voc no estar se aproximando dEle de modo algum. Porque estaramos transformando num fim algo que s podemos obter como sub-produto do Fim verdadeiro.

Lewis fala que quando tentamos usar Deus como um meio e buscamos incensantemente a realizao de algo, na verdade podemos estar fechando a porta na qual estamos batendo, fechando os ouvidos para ouvir a voz que tanto ansiamos, nos tornando cegos Luz que tanto necessitamos nestes momentos.
No ser a intensidade do nosso desejo que fecha a curtina de ferro, que nos faz sentir que estamos contemplando o vcuo quando tentamos pensar sobre a pessoa falecida? Aqueles que pedem desesperadamente, no recebem. Talvez no possam receber. Nos momentos em que no h nada mais na sua alma, a no ser o grito por socorro, talvez seja o tempo no qual Deus no pode atender.

Lewis fala que nestes momentos somos como a pessoa que est se afogando e no pode ser ajudada, pois ir se agarrar desesperadamente a qualquer um que tente se aproximar para salv-la.
No entanto, ele compara a sua tese com a promessa bblica de Mt. 7.8: Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-. Pedir, buscar e bater so encorajados pelo Senhor Jesus, todavia, a maneira como o fazemos pode ser errada:

Mas ser que bater significa esmurrar e chutar desesperadamente? Talvez os seus gritos insistentes o tornem surdo voz que espera ouvir. Precisamos ter a capacidade para receber, se no, nem a onipotncia pode nos dar. Talvez a nossa prpria paixo tenha destrudo, temporariamente, esta capacidade.
Ele descobre que quando aprende a colocar o seu desejo em segundo plano, e Deus em primeiro, h uma compreenso melhor do luto que est vivendo e pode ter o seu desejo realizado, de maneira apropriada:

... o luto uma parte universal e integral da experincia do amor. Ele segue o casamento, to normal quanto o casamento segue o namoro ou o outono segue o vero. No o truncamento do processo, mas uma das suas fases; no a interrupo da dana... mas o trgico o no qual precisamos aprender a amar a "pessoa em si", e no retroceder e amar o ado, ou nossas memrias, ou nossa tristeza, ou o alvio da nossa tristeza, ou o nosso amor prprio... O que queremos viver bem e fielmente o casamento tambm nesta fase. Se doer (e certamente doer) ns aceitamos as dores como uma parte necessria desta fase... Pois, como eu descobri, o luto intenso no nos liga com as pessoas mortas, mas nos separa delas... E, de repente, no momento exato em que eu pranteei menos a falta de Helen, eu tive as melhores lembranas dela.

Mas ele sabe que este princpio de buscar a Deus em primeiro lugar e colocar o seu desejo em segundo lugar, ou de no busc-lo inexoravelmente, ou, at mesmo, de abrir mo dele, contraria, choca a lgica humana:

Senhor, estes so os teus termos? Ser que s poderei encontrar Helen novamente se aprender a te amar tanto que no importa se eu encontr-la ou no? Considera, Senhor, como isto parece para ns. O que algum pensaria de mim se eu dissesse aos meninos Nada de balas agora. Mas quando vocs crescerem e, de fato, no mais desejarem balas, vocs podem ter o tanto que quizerem">C.S. Lewis e a ameaa do novo coronavrus

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