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Opinio 1l3n6q

O que e como desenvolver a sade mental? 6e2i5m

Por Jorge Cruz
A sade mental das pessoas tem suscitado preocupao crescente das autoridades sanitrias, governos e organizaes no governamentais, a nvel mundial. A pandemia Covid-19 teve um impacto significativo na sade mental das populaes, tendo aumentado os casos de ansiedade, depresso e outros tipos de doena mental durante este perodo. O que a sade mental? Quais os tipos de doena mental? O que diz a Bblia sobre o assunto? Quais so os fatores de risco, fatores protetores e sinais de alerta de doena mental? Como podemos desenvolver a sade mental? Qual o papel do perdo neste processo? Procuramos neste artigo responder a estas questes.
O que a sade mental?
A Organizao Mundial de Sade definiu sade mental como o estado de bem-estar no qual o indivduo tem conscincia das suas capacidades, pode lidar com o estresse normal da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a comunidade em que se insere. A sade mental de uma pessoa no apenas a ausncia de alguma doena mental. Est associada ao seu bem-estar e sua capacidade de amar, trabalhar, de se relacionar com os outros e descobrir um sentido para a vida.
As doenas mentais podem interferir com o pensamento, a percepo da realidade e o humor (estado de esprito), e diferem de sentimentos comuns como a tristeza ou o medo, que qualquer pessoa pode experienciar durante a sua vida. Na maioria das vezes, so causadas por uma combinao de fatores biolgicos, psicolgicos e sociais. Podem afetar pessoas de todas as idades, gnero e etnias, ocasionando grande sofrimento, tanto ao paciente como sua famlia e comunidade. Apresentam uma elevada prevalncia, em todos os pases, e so um dos principais motivos de absentismo laboral e aposentadoria antecipada.
As doenas mentais mais comuns, em todo o mundo, so a ansiedade, a depresso, e as relacionadas com o abuso do lcool e outro tipo de dependncias. As doenas mentais mais graves, felizmente menos frequentes, so a esquizofrenia, o transtorno bipolar, e transtornos alimentares como a anorexia nervosa ou a bulimia. Podem comprometer a autonomia dos pacientes e requerer internao em unidades psiquitricas. Contudo, um nmero significativo de pessoas com doenas mentais no procura ajuda dos servios de sade, no sendo estes casos diagnosticados nem tratados.
O que a Bblia diz?
A Palavra de Deus reconhece a influncia da mente sobre o corpo. Lemos, por exemplo, em Provrbios 17.22, que o corao bem disposto remdio eficiente, mas o esprito oprimido resseca os ossos (NVI). O rei Davi escreveu vrios salmos que expressam os seus estados de nimo. Alguns deles revelam ter ado por perodos de depresso, que podero ter sido prolongados (Salmos 22, 31, 42, 88). O mesmo aconteceu com o profeta Jeremias, que vivenciou a destruio de Jerusalm e do Templo pelos babilnios (Lm 3.1-2,6-8,17-18). No entanto, no dispomos de dados suficientes para estabelecer o diagnstico de depresso clnica nestes casos, apesar de ser uma das doenas mentais mais frequentes.
A doena mental, mencionada na Bblia como loucura, era uma das consequncias da desobedincia do povo judeu vontade de Deus (Dt 28.28,34). Houve uma ocasio em que o rei Davi finge ter perdido o juzo, para salvar a sua vida (1Sm 21.12-15). Mas, talvez, o personagem bblico mais associado a transtorno mental seja o rei Saul, devido sua labilidade emocional, insegurana, ansiedade, os de ira, fases de euforia e de depresso, cujo comportamento instvel e imprevisvel se assemelha a pacientes com transtorno bipolar (p. ex. 1 Samuel 18 e captulos seguintes). Contudo, parece mais adequado considerar que a conduta de Saul era o resultado de falhas de carter e desobedincia a Deus e, por conseguinte, principalmente de natureza espiritual.
O rei Nabucodonosor, da Babilnia, experimentou uma fase de loucura, em que se comportou como um animal, uma doena mental rara descrita como boantropia, que uma forma de paranoia em que o paciente acredita ser uma vaca ou um boi. Neste caso, a sua doena foi a consequncia do castigo de Deus pelo seu orgulho e sobranceria, tendo finalmente reconhecido e louvado o verdadeiro Deus (Dn 4.29-37).
Encontramos tambm nas Escrituras referncia a ocasies em que grandes homens de Deus, como Moiss, J, Elias e Jonas, manifestaram o desejo de morrer. O profeta Elias experimentou uma fase de profundo desnimo e desespero, quando foi ameaado de morte pela perversa rainha Jezabel, depois de ter vencido e exterminado os profetas de Baal. A interveno divina, promovendo descanso, alimentao e hidratao, ainda hoje uma terapia vlida nestas situaes (1Rs 19.1-8).
Fatores de risco, fatores protetores e sinais de alerta
H vrios fatores de risco, fatores protetores e sinais de alerta relacionados a doenas mentais e comportamentais.
Fatores de risco so o o fcil a drogas, lcool e jogo, isolamento e alienao, exposio violncia, agresso ou trauma, estresse laboral ou de acontecimentos de vida (como situaes de perda de pessoas prximas e significativas), bullying, rejeio por pares, desemprego, desigualdades sociais (pessoas com baixa renda e baixo grau de escolaridade so mais predispostas a doenas mentais), falta de competncias sociais, abuso ou negligncia infantil, imaturidade emocional e descontrole, insnia crnica, conflitos interpessoais, insegurana econmica, solido, luto patolgico.

So fatores protetores: interaes sociais positivas, participao social (nomeadamente em atividades recreativas, culturais e desportivas), tolerncia social, apoio social da famlia e amigos, boa autoestima, boa capacidade de lidar com o estresse, autonomia, adaptabilidade, literacia em sade mental, prtica de exerccio fsico e desporto, interao positiva paisfilhos, estimulao cognitiva da nascena velhice, participao em atividades agradveis, capacidade de resoluo de problemas, conscincia do sentido de vida, conhecer a Deus e manter um relacionamento ntimo com o Senhor.
Alguns sinais de alerta, que indicam que a sade mental pode estar fragilizada, incluem: problemas relacionados com o sono, ansiedade ou tenso constantes, alteraes de humor, irritabilidade, afastamento de pessoas e atividades, problemas de memria, falta de motivao e de vontade, desesperana e tristeza profunda, impulsividade, intensificao do consumo de lcool ou de outras drogas, reduo do desempenho no trabalho ou nos estudos.
H claramente um estigma associado doena mental, que ainda um assunto tabu, mesmo entre os cristos. itir um problema de foro mental e procurar a ajuda de um psiclogo ou psiquiatra requerem, muitas vezes, coragem e determinao, mas pode ser a nica forma de se chegar ao diagnstico correto do problema e iniciar o tratamento adequado, tendo em vista uma recuperao rpida e completa.
Como desenvolver a sade mental
Existem algumas formas de desenvolver a sade mental e prevenir o sofrimento psicolgico, das quais destaco as seguintes:
Adotar um estilo de vida saudvel, que inclui uma alimentao variada, pobre em carboidratos e acares, atividade fsica regular, bons hbitos de sono, evitando o consumo de lcool, drogas e tabaco.
Saber lidar com o estresse, participando em atividades que do prazer e bem-estar.
Cultivar bons relacionamentos sociais, investindo tempo em construir relaes saudveis e reduzindo a exposio s redes sociais.
Manter um equilbrio saudvel entre trabalho e vida pessoal e familiar.
Desenvolver todas as dimenses do ser humano fsica, mental, social e espiritual, esta ltima relacionada com o sentido de vida.
Procurar ajuda profissional quando necessrio, sobretudo quando os sinais de alerta estiverem presentes.
Perdoar a quem nos ofendeu, prejudicou ou maltratou , sem dvida, uma das mais importantes.
A medicina do perdo
Perdoar no significa esquecer, tolerar ou desculpar comportamentos prejudiciais ou abusivos. uma deciso consciente e voluntria, muitas vezes difcil, que se traduz em aceitao, cura interior e libertao emocional. Disse Jesus: No julguem, e no sero julgados. No condenem, e no sero condenados. Perdoem, e sero perdoados (Lc 6.37). E o prprio Senhor deu um exemplo sublime de perdo, quando no momento em que era crucificado numa cruz romana, num sofrimento atroz e inimaginvel, orou: Pai, perdoa-lhes, porque no sabem o que fazem (Lc 23.24).
O bispo anglicano Desmond Tutu (1931-2021), que presidiu Comisso de Verdade e Reconciliao na frica do Sul, constituda para investigar violaes dos Direitos Humanos na era do Apartheid, escreveu: At que possamos perdoar a pessoa que nos prejudicou, essa pessoa ter as chaves da nossa felicidade, essa pessoa ser o nosso carcereiro. Quando perdoamos, ns recuperamos o controle do nosso prprio destino e dos nossos sentimentos. Tornamo-nos os nossos prprios libertadores.
claro que o perdo no apaga o ado, mas impede que as experincias negativas do ado envenenem o nosso futuro. O perdo reconcilia-nos com o ado e demonstra que confiamos em Deus em relao ao futuro.
Talvez a maior motivao para perdoarmos seja a nossa experincia pessoal de termos sido perdoados por Deus e termos a conscincia de que precisamos de receber perdo pelo mal que, consciente ou inconscientemente, fizemos aos outros (Mt 6.12).
  • Jorge Cruz mdico especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular, doutor em Biotica, membro do Comit de Pases de Lngua Portuguesa da International Christian Medical & Dental Association (ICMDA), membro honorrio da Associao Crist Evanglica de Profissionais de Sade (ACEPS-Portugal), membro do Conselho Internacional da PRIME Partnerships in International Medical Education. Mora em Porto, Portugal.
Bibliografia
Beer, M. Dominic & Pocock, Nigel D. (Eds). Mad, Bad or Sad? A Christian approach to antisocial behaviour and mental disorders. Christian Medical Fellowship, London, 2006.
Nervous and Mental Diseases. In: Douglas, J. D. & Tenney, Merril C. Zondervan Illustrated Bible Dictionary. Zondervan, Michigan, 2011.
Toussaint, L. L., Worthington, E. L., Williams, D. R. (Eds). Forgiveness and Health: Scientific Evidence and Theories Relating Forgiveness to Better Health. Springer: Dordrecht, The Netherlands, 2015.
Tutu, D., Tuto, M. The Book of Forgiveness. HarperOne: San Francisco, 2014.
Winter, Richard. When Life Goes Dark: Finding hope in the midst of depression. InterVarsity Press, Illinois, 2012.

REVISTA ULTIMATO | DOENAS QUE FAZEM SOFRER TAMBM OS QUE CREEM
Todas as pessoas tambm os que creem correm o risco de adoecer mentalmente. H multides na igreja lutando com problemas de sade mental. Felizmente, h esperana e ajuda: profissionais da sade, recursos teraputicos e medicamentos. Os cristos podem contar ainda com a ajuda extraordinria de seu Deus. E a igreja deve proporcionar um espao seguro para estes.

disso que trata a matria de capa da edio 405 da revista Ultimato. Para , clique aqui.

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