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Opinio 1l3n6q

No se preocupe em tornar o Evangelho relevante 491kf

Por Isabella os

A resposta crist para o mundo , por si mesma, relevante. No h nada que se possa fazer para aumentar ou diminuir a sua relevncia. Porm, andamos a confundir relevncia com compreensibilidade, fazendo parecer que, se adotarmos certos sentidos, valores, narrativas ou relaes, podemos assim atribuir a relevncia que nossa gerao reclama ao Evangelho. No, no podemos. Ele relevante muito antes de ns e mesmo antes da fundao do mundo, pois a prpria realidade pela qual tudo subsiste. Ainda que alguns de ns aceite ou no.

Daqueles que buscam erroneamente empregar relevncia ao Evangelho, dois caminhos so bastante comuns nos termos desta crtica: o primeiro, deixando de evidenci-lo com todas as palavras e atos na distino que requer um mundo em franca negao ao Cristianismo. O segundo, embalando-o em defesas culturais que acabam por esvaziar a sua distino enquanto resposta absoluta e presente desde sempre no mundo.

Ento, no primeiro grupo, h aqueles que exercitam a sua f por meio de atos de servios, bondade e acolhimento, mas que em ltima instncia no comunicam nada alm do esperado de uma pessoa minimamente tica. Inclusive, tais atos tm sido razoavelmente defendidos por ateus que alegam que no precisamos de Deus para sermos morais, atravs de um paradigma tico bastante disseminado, o altrusmo tico. Em sua forma gospel, ele traduzido por aquele tpico pensamento que considera que h pessoas boas fora da f crist e que essas pessoas no sofrero qualquer juzo excludente da parte de Deus. Afinal de contas, se Deus amor... Ento est tudo resolvido.

Mas veja s. No que a bondade no seja um valor. A questo que se no h espao para o reconhecimento de uma fonte distintiva, endereada, que traduza o fundamento da bondade e de suas exigncias, o que estamos fazendo praticando a decncia comum e esperando que os outros a tributem, por algum acidente, a Deus. E concordo que seja lamentvel que alguns nem isso consigam fazer, mas, de novo, ser agradvel, gentil, til, respeitoso e na maioria das vezes uma boa pessoa, no o mesmo que entender, viver e comunicar o Evangelho de Cristo.

Por outro lado, estamos cansados de pirotecnia, manipulao, assdio, agendas ocultas, mentiras, abusos e intolerncias associadas aos oportunistas em nome do Evangelho de Cristo. H um custo enorme s pessoas e igreja pela (i)moralidade pblica de seus membros, mas, isso no deveria nos autorizar, por exemplo, a confundir o Evangelho com agendas culturais que tm seduzido muitos de nossos amigos. Tem muita gente achando que, por misso crist, est liberada a combater todo tipo de irracionalismo do meio cristo, quando na verdade esto apenas acriticamente sendo teis a prerrogativas que no tem qualquer apreo ou responsabilidade para com aquilo que esto censurando. Nem to pouco guardam qualquer preocupao com o que ser feito aps o aguerrido processo de desmontagem. E talvez isso explique por que muitos am a assumir identidades que a mdio ou longo prazo acabam minando sua prpria experincia de f. Afinal, como dizem por a, se o pessoal poltico, ento, meu caro, no h qualquer ncleo seguro nesse embate. Nem mesmo aquele da dimenso da f.

E aqui vale tentar demonstrar o perigo interpretativo desse tipo de inverso, lanando mo da cena em que Cristo se direciona mulher pega em adultrio, quando diz; nem eu tambm te condeno; vai-te, e no peques mais (Joo 8:11). Apesar de preferirmos colocar o enfoque na mulher, retirando a sua agncia moral, Cristo parece estar tratando com o pecado de todos os envolvidos naquela disputa. Inclusive tratando com o pecado da prpria mulher. Naquilo que alcana diretamente cada um, Ele est convocando uma imediata reviso de conscincia da parte de todos os envolvidos. Ao final, os acusadores seguem o seu caminho mostrando ao menos terem reconhecido alguma debilidade prpria. E, sem o registro da resposta quanto ao no peques mais, a mulher tambm segue o seu caminho. O que temos aqui, ento, a exposio da parte de Cristo do pecado presente em todos os envolvidos, ao modo de como o Evangelho trata com um cenrio de mltiplos pecados. E no um clculo em vista de demonstrar a relevncia do Evangelho ao tentar parecer que a imoralidade daquela mulher no fosse importante ao contexto daquela tratativa. Sobre a mulher, Jesus no estava ali sendo um feminista. Jesus em momento algum desconsiderou o pecado dela como se tivesse que fazer uma concesso entre os lados. Pelo contrrio, em um gesto, descortinou a pecaminosidade de todos, no deixando de fechar a cena com um imperativo terminante mulher: no peques mais. Cumpriu a Lei, fornecendo a compreensibilidade que no havia entre eles (Mateus 5:17).

Talvez por isso, C. S. Lewis tenha dito que, se fosse recomendar uma religio para fazer algum se sentir feliz e realizado, no recomendaria o Cristianismo. Talvez seja porque se considerado o trato com a realidade, o Evangelho de Cristo nos exigiria uma existncia permeada por um pensar e agir de outra natureza. Menos fragmentada e frgil nas razes. Traduzida por um amor verbal, demonstrativo, intencional, capaz de modelar uma ao que no se permite ser confundida com qualquer outra agenda que no seja s prprias reivindicaes do Evangelho e o modo particular como ele trata com o mundo e com as pessoas. E, nesse sentido, cabe a cada gerao de cristos identificar e no permitir que a compreensibilidade sempre necessria seja confundida com uma aposta de relevncia condicionada ao tempo. Uma compreensibilidade atravs da palavra e da ao. E ambas conformadas radicalmente entre si.

Isabella os formada em Filosofia pela PUC-MG. Mora em Belo Horizonte e congrega na Igreja Esperana.

Foto: Ryan McGuire. Licena por Gratisography.

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