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Notcias 2a1n49

Ecumnicos precisam falar a uma s voz na Rio+20 6n1g1u

(ALC)H mais de 20 anos fala-se em desenvolvimento sustentvel e, apesar de todas as tentativas de avanar na proposta, a humanidade d os para trs, sem acordos bsicos sobre clima e proteo de reas verdes. O que houve foi um processo de mercantilizao da natureza, criando novas maneiras de manter o capital dentro da lgica ambientalista como, por exemplo, os crditos de carbono, declarou o secretrio executivo de Koinonia Presena Ecumnica e Servio, Rafael Soares de Oliveira.
No possvel continuar degradando o meio ambiente e oferecer crditos de carbono para quem mantm a floresta. s vezes, esta mesma floresta que est sendo degradada por um projeto de desenvolvimento, como o plantio de soja ou a construo de uma hidroeltrica, frisou.
Koinonia Presena Ecumnica e Servio uma das organizaes brasileiras membro de ACT Aliana, uma rede que une mais de 100 organismos, igrejas e conselhos de igrejas envolvidos no trabalho de ajuda humanitria e projetos de desenvolvimento. A esfera de articulao nacional de ACT Aliana no Brasil o Frum Ecumnico ACT Brasil (FE ACT Brasil), que busca redes de articulao com a sociedade civil.
Com a proximidade da Rio +20, a Conferncia das Naes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentvel, agendada para 4 a 6 de junho de 2012, o frum ecumnico ou a desenvolver, interna e externamente, sua estratgia de participao no evento.
Para tanto, reuniu-se em Porto Alegre, dias 21 a 23 de outubro, o Comit Facilitador da Sociedade Civil para a Rio +20. O grupo dedica-se preparao do encontro dos ativistas pelo futuro do Planeta e as atividades paralelas de incidncia Rio +20, a Cpula dos Povos.
Alm de organizar a Cpula dos Povos, o grupo buscou, ainda, vislumbrar conexes das iniciativas em torno da Rio+20 com o Frum Social Temtico, que vai acontecer em Porto Alegre, em janeiro de 2012, e como este evento, que debater a questo da justia ambiental, pode se desdobrar no processo da Rio+20 e ultra-lo.
Uma das definies do encontro em Porto Alegre foi que, em Durban, durante a realizao da prxima reunio da Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas, a COP17, o comit da sociedade civil daquele evento far um assembleia, no ltimo dia, para falar sobre a Rio+20, tentando levantar quais os pontos que sairo de Durban para o Rio de Janeiro.
A seguir, a entrevista concedida por Rafael Soares de Oliveira.
P: Como est organizada a articulao ecumnica em torno da Rio+20?
Rafael: A mobilizao ecumnica em torno da Rio + 20 tem duas frentes. Uma nacional e a outra internacional. A frente local j est pr-definida e tem vrias interfaces, nas quais organizaes e igrejas no Brasil esto presentes no tema ambiental, dependendo do lugar onde elas esto. Na Amaznia, por exemplo, os temas fortes so os que giram em torno da Pan-Amaznia. Em outros lugares do pas a nfase mais voltada para os enfrentamentos do desenvolvimentismo nacional.
H, tambm, uma preocupao profunda com uma tica da responsabilidade com o planeta. Isso est presente e acumulado, poltica e teologicamente, pelo movimento ecumnico no Brasil h alguns anos at mesmo desde a Eco 92.
P: O que est faltando nesta mobilizao?
Rafael: Falta algo mais slido, uma mobilizao massiva e um processo mais claro. Mesmo do ponto de vista da sociedade civil, o processo ainda no todo massivo. O que h uma tentativa de vincular o movimento local a processos globais j existentes em torno do tema das mudanas climticas e a COP17.
Esperamos que uma coisa tenha vnculo e continuidade com a outra, que no sejam mecanismos isolados, mas que a Rio+20 represente uma convergncia dos processos de luta globais existentes que se propem a enfrentar o modelo atual do capitalismo, com as suas vertentes de degradao da natureza e sua prpria falncia.
O que se est dizendo, em termos de contedo : j se aram 20 anos nas mos de quem est no poder. As tentativas de dar algum o em relao ao desenvolvimento sustentvel, mas o planeta segue dando os para trs. No h acordos sobre clima, sobre proteo de reas verdes. O que houve foi um processo de mercantilizao da natureza, criando novas maneiras de manter o capital dentro da lgica ambientalista como, por exemplo, os crditos de carbono. No possvel continuar degradando o meio ambiente e oferecer crditos de carbono para quem mantm a floresta. s vezes, esta mesma floresta que est sendo degradada por um projeto de desenvolvimento, como o plantio de soja ou a construo de uma hidroeltrica.
O que est acontecendo agora que estamos discutindo como que isso tudo vai convergir. A Rio+20 tem que ser um lugar de visibilidade e confronto do modelo atual de desenvolvimento e do modelo capitalista vigente, que inclui todas as suas facetas, como os programas de desenvolvimento que no respeitam a natureza nem a vida dos povos, mas tambm a faceta financeira, que tem quebrado e, consequentemente, exaurido os povos para pagar a conta, pois os Estados tm pago as contas do sistema financeiro que est quebrando. Por isso, trazer para a Rio+20 todo esse movimento de indignados, dos que ocupam Wall Street aos que protestam contra os problemas na Europa, tambm ou a ser uma pauta exigente agora. O tema da Rio+20 o desenvolvimento e o meio ambiente, mas , tambm, a sociedade se expressando no confronto com um sistema que est acabando com o planeta.
O que queremos para o futuro do planeta no somente denunciar tudo isso, mas tambm falar de alternativas que temos construdo para o futuro. Desde uma pequena experincia de economia solidria s experincias de agroecologia, ando por novas vises de mundo que convivam criticamente com a sociedade de consumo, com a idolatria do mercado em relao liberdade dos seres humanos, para que possamos conviver, tambm, com expresses tradicionais, como a perspectiva do bem-viver na regio dos Andes e as perspectivas das comunidades tradicionais no Brasil de outras regies (indgenas, negras).
Essas vises oferecem um desafio de falar sobre temas mais amplos e no ficar s na pauta oficial da Rio+20, que a economia verde e a governana global em torno da questo ambiental. Esses dois temas oficiais, ditos assim, parecem muito especficos. Mas, economia verde, na verdade, uma proposta de olhar para o futuro a partir de uma nova economia que a por cima desses temas centrais que apresentei acima, ou seja, o modelo econmico, a questo financeira, os mercados globais.
Nada disso, necessariamente, est em jogo. Se no nos mobilizarmos, a pauta oficial de Rio +20 vai falar apenas de como financiar novas tecnologias de convivncia com o planeta, do ponto de vista da energia e do consumo. Isso insuficiente, pois no aborda o bem comum, no inclui a tecnologia como um bem comum da humanidade, mas um processo dominado por partes cuja consequncia, mais adiante, ser muito parecida com o que j estamos experimentando hoje, s que com outras faces e outras cores.
Por isso, ns, da famlia ecumnica brasileira, vemos, de maneira ainda mais clara, o desafio de encontrar, internacionalmente, pontos de incidncia ecumnica comuns j existentes. fcil encontrar exemplos globais de envolvimento ecumnico em torno de questes ligadas s mudanas climticas. Nossa pergunta como essas iniciativas e movimentaes globais traro os resultados dos debates ps-COP17 para a Rio +20 ao lado de outros atores da sociedade. Estrategicamente, seria interessante ver os atores globais trabalhando junto com os setores locais j mobilizados.
Temos, hoje, que identificar claramente quais so as bandeiras ecumnicas globais, mas, tambm, os locais em que a famlia ecumnica est envolvida. Por exemplo, o tema da paz, muito corrente hoje na agenda ecumnica global, est intrinsecamente ligado ao tema do futuro do planeta. O no investimento em guerras significa economia que pode ser dirigida a fins humanitrios. Temos a oportunidade, com a Rio+20, de dar visibilidade a um amplo processo de luta por justia social e ambiental.
P: O que a articulao ecumnica nacional espera dos parceiros ecumnicos internacionais?
Rafael: Atualmente, a agenda ecumnica internacional ainda est com baixo perfil de mobilizao para a Rio+20 por conta dos preparativos para a COP17. O que esperamos que, ada a COP17, as conexes internacionais que j temos sejam intensificadas em torno do evento de 2012 no Rio de Janeiro. Ns, como FE ACT Brasil, amos, depois deste encontro do comit em Porto Alegre, a ter uma responsabilidade local muito grande, pois no haver um comit internacional de definio das participaes na Rio+20. o prprio Comit Facilitador da Sociedade Civil, que hoje funciona, basicamente, no Brasil, que vai contar com representantes de redes internacionais e esperar que esses representantes, por sua vez, mobilizem as suas redes globais. Recai, dessa forma, sobre o nosso frum ecumnico a responsabilidade de conseguir estabelecer bons vnculos com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), a Associao do Conselho Mundial de Igrejas relacionada ao Desenvolvimento de Organizaes na Europa (APRODEV) e ACT Aliana, que so nossos parceiros imediatos.
Esperamos, tambm, que haja abertura para uma agenda comum, no a imposio de uma agenda local nem global. Estamos cientes que j h processos em curso em relao Rio+20, mas esperamos no chegar a uma multiplicao de iniciativas, pois a Rio+20 pretende ser diferente daquilo que fazemos em Fruns Sociais Mundiais.
Muitos parceiros internacionais esto diretamente envolvidos na agenda oficial da Rio+20, como o caso do CMI. Precisamos estreitar nossas conexes com esses parceiros. Em segundo lugar, esperamos que esses parceiros escutem a convocao que est sendo feita, no s localmente, mas tambm globalmente, pela sociedade civil. Nosso chamado deve ser lanado de modo formal, divulgando carta aberta, dentro de cerca de um ms. Precisamos, em comum acordo, falar numa s voz na Rio+20. No podemos chegar isolados.

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