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21 de novembro de 2008
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Dor que endoidece 5ka2t
Rodrigo de Lima Ferreira
Certa vez, C. S. Lewis disse que, se uma pessoa queria uma religio para se sentir bem e confortvel, ele no lhe recomendaria o cristianismo. No h como discordar de Lewis. Ser cristo , muitas vezes (para no se dizer a maior parte do tempo), um grande desafio.
Cremos em um Deus pessoal, que apresenta caractersticas nicas, que ele no transferiu para nenhuma de suas criaturas: onipotente (pode tudo), onipresente (est em todos os lugares), e onisciente (sabe tudo). Alm disso, Ele a fonte e a essncia da justia, da bondade, e do amor. Mesmo sendo to descomunalmente imenso (na falta de classificao melhor), diz-nos a Bblia, no Salmo 116, que ele, a exemplo de um pai com filhos pequenos, se abaixa para ouvir o que temos a dizer.
Porm, ao mesmo tempo em que temos essa certeza, vemos a realidade ao nosso redor, que nem sempre positiva. Como encaixar, por exemplo, o poder e o amor de Deus em casos como o tsunami, que varreu uma parte da Indonsia em 2004? Como conciliar sua compaixo com a inqua distribuio de renda no Brasil e no mundo, que gera alguns poucos nababos e muitos famlicos? Como lembrar de seu cuidado quando o cncer acomete um cristo aparentemente saudvel?
Algumas sadas apresentadas so muito ruins. Alguns pensam que Deus tambm chorou com essas tragdias, j que no podia evit-las. Outros dizem que o simples fato de se questionar algo assim j , em si, pecado. E ainda h aqueles que, quando uma tragdia se abate sobre ns, agem de maneira a nos culpar por algo que no somos diretamente responsveis.
Lembro-me de J em sua desgraa. Perplexo por ser vtima de algo muito maior do que seu entendimento poderia supor, ele ainda teve de ar as palavras de seus amigos, que, em suma, diziam: a culpa sua! .
Esse esprito de amigos de J est presente hoje. E di mais do que o prprio sofrimento. Este esprito, ou disposio mental, parece se satisfazer da desgraa alheia, ao compar-la com o modo de vida do seu conselheiro. Quantas vezes ouvimos as pessoas dizerem: Olha, isso para voc crescer, para voc mudar algo em sua vida, para que voc seja melhor aproveitado no reino, e coisas do tipo.

Cremos em um Deus pessoal, que apresenta caractersticas nicas, que ele no transferiu para nenhuma de suas criaturas: onipotente (pode tudo), onipresente (est em todos os lugares), e onisciente (sabe tudo). Alm disso, Ele a fonte e a essncia da justia, da bondade, e do amor. Mesmo sendo to descomunalmente imenso (na falta de classificao melhor), diz-nos a Bblia, no Salmo 116, que ele, a exemplo de um pai com filhos pequenos, se abaixa para ouvir o que temos a dizer.
Porm, ao mesmo tempo em que temos essa certeza, vemos a realidade ao nosso redor, que nem sempre positiva. Como encaixar, por exemplo, o poder e o amor de Deus em casos como o tsunami, que varreu uma parte da Indonsia em 2004? Como conciliar sua compaixo com a inqua distribuio de renda no Brasil e no mundo, que gera alguns poucos nababos e muitos famlicos? Como lembrar de seu cuidado quando o cncer acomete um cristo aparentemente saudvel?
Algumas sadas apresentadas so muito ruins. Alguns pensam que Deus tambm chorou com essas tragdias, j que no podia evit-las. Outros dizem que o simples fato de se questionar algo assim j , em si, pecado. E ainda h aqueles que, quando uma tragdia se abate sobre ns, agem de maneira a nos culpar por algo que no somos diretamente responsveis.
Lembro-me de J em sua desgraa. Perplexo por ser vtima de algo muito maior do que seu entendimento poderia supor, ele ainda teve de ar as palavras de seus amigos, que, em suma, diziam: a culpa sua! .
Esse esprito de amigos de J est presente hoje. E di mais do que o prprio sofrimento. Este esprito, ou disposio mental, parece se satisfazer da desgraa alheia, ao compar-la com o modo de vida do seu conselheiro. Quantas vezes ouvimos as pessoas dizerem: Olha, isso para voc crescer, para voc mudar algo em sua vida, para que voc seja melhor aproveitado no reino, e coisas do tipo.
Casado, duas filhas, pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em misses urbanas pela FTSA, autor de "Princpios Esquecidos" (Editora AGBooks).
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