Por Escrito 1yp51
12 de maio de 2020
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Celebrando a vida com arte 6c2g48
Texto: Mariana Furst | Mostra: Klnia Fassoni, Mariana Furst e Whaner Endo
Celebre a beleza! Este o convite que fazemos neste Especial. preciso olhar ao redor e reconhecer alguns trabalhos irveis produzidos por cristos no campo das artes. Independentemente da escolha religiosa do artista, o belo nos aproxima de Deus, pois dele provm. Contudo, esta uma mostra de cristos. Ultimato quer lhes dar visibilidade e incentivar o leitor a encarar a arte como um chamado. De certo esta uma mostra pequena e parcial. Por isso, convidamos voc, leitor, a expandi-la.
H tempos Ultimato caminha nesta direo, apresentando e discutindo a relao entre arte e cristianismo. Em 1968, primeiro ano da revista, Marcos Barreto Frana marcou presena em todas as edies com suas poesias. De 2005 a 2009, Mark Carpenter escreveu regularmente a seo Arte e cultura, versando sobre msica, cinema, literatura, entre outros temas. Carlinhos Veiga, conosco desde 2004, apresenta a cada Novos acordes msicos contemporneos de alta qualidade.
Em 2004, a editora Ultimato publicou os livros Cristo e a Criatividade, de Michael Card, e Cinema e F Crist, de Brian Godawa. Em seguida vieram A Arte e a Bblia (2010), de Francis Schaeffer, A Arte no Precisa de Justificativa (2010), de Hans Rookmaaker, entre outros. Ainda em 2012 chegar s livrarias A Arte Moderna e a Morte de Uma Cultura, tambm de Rookmaaker.
O portal Ultimato tambm no fica para trs, abrindo espao para a moada fazer arte. O boletim eletrnico Ultimato Jovem estampou em suas edies 22 fotos tiradas por jovens artistas. Em 2012, o informativo semanal Ultimas foi inaugurado com um novo espao: a cada edio traz no topo arte produzida por cristos.
Participe! e o portal Ultimato e indique obras, eventos, artigos, sites, vdeos e msicas. (Se preferir, escreva para [email protected]) Este apenas um sopro inicial. Quem sabe com a sua participao tenhamos flego para ir mais longe nessa nobre empreitada.
Um chamado para as artes
As artes tiveram destaque especial no Terceiro Congresso de Lausanne sobre Evangelizao Mundial, realizado na Cidade do Cabo, em 2010. O livro O Compromisso da Cidade do Cabo, fruto do evento e das reflexes a respeito do tema, reafirma que a arte parte integral do que fazemos como humanos e pode refletir algo da beleza de Deus. E acrescenta: Os artistas, no seu melhor, so narradores da verdade e, por isso, a arte constitui um meio importante atravs do qual podemos comunicar a verdade do evangelho (p. 81).
Para alm do discurso da arte como um recurso para a pregao do evangelho, v-se no trecho acima a preocupao com a integralidade do homem e com a imagem do Criador refletida nas obras artsticas. Para Hans Rookmaaker, escritor holands e professor de teoria e histria da arte, msica, filosofia e religio, a arte deve ser apreciada e cultivada por proporcionar um enriquecimento da vida pela manifestao de uma experincia esttica.
Desfrutar da beleza artstica de uma obra por si s deve ser o suficiente. Em outras palavras, a arte no precisa de justificativas. Esta afirmao de Rookmaker, ao contrrio do que se possa pensar, no faz uma apologia da arte pela arte, na qual o homem no tem mais lugar. Para ele,
"Embora a arte possa ser cultivada e apreciada pela simples funo de expresso esttica, ela carregada de substratos simblicos, ou representaes, que expressam a profunda qualidade de criaturidade do artista, sua relao com os sentidos ltimos da existncia, com a ideia de origem, com a diversidade de aspectos criacionais e com o real".1
Deste modo, imbudo de uma cosmoviso crist que inclui as realidades de Deus, do homem, da comunidade e do belo , o ser humano manifesta estas verdades naturalmente, fazendo com que o reino de Deus seja implantado tambm no campo das artes.
No livro Surpreendido pela Esperana, N. T. Wright argumenta que a arte que melhor exprime a realidade do reino entre ns concilia as dores humanas com as promessas eternas.
Quando a arte souber harmonizar as feridas do mundo e a promessa da ressurreio, e aprender a express-las simultaneamente, estaremos caminhando para uma nova viso e para uma nova misso. [...] A arte, em sua melhor expresso, no somente chama a ateno para a realidade atual, mas aponta tambm para o futuro, quando a terra se encher do conhecimento de Deus, como as guas cobrem o mar. (p. 238)
Falar de eternidade, neste sentido, no significa anunciar uma impossibilidade de fazer arte no mundo presente, como se a vida eterna s se realizasse no porvir (Jo 17.3) e devssemos esperar por ela para produzirmos algo que valha a pena. Para muitos, o trecho de Apocalipse 21. 24-27 indica que a glria dos reis e das naes, que ser apresentada diante do Rei dos reis, constituda pelo acmulo das realizaes culturais ao longo das geraes.
Arte, literatura, msica, arquitetura, gastronomia e moda, a riqueza da lngua e da cultura e tantas outras coisas so elas que formam as caractersticas nacionais que, na melhor das hipteses, enriquecem nossa humanidade [...]. A nova criao vai comear com uma enorme reserva de tudo o que a civilizao humana conquistou na antiga criao mas purificado, limpo, desinfetado, santificado e abenoado. E teremos a eternidade para nos regozijarmos e nos estabelecermos de maneiras que agora no podemos imaginar, j que poremos em prtica as capacidades criativas de nossa humanidade redimida.2
Trata-se, ento, de iniciarmos agora o que ser pleno no futuro. O chamado para que a despeito da depravao total que abarca a arte, como fruto da queda, de um persistente mau gosto cristo, ou, ainda, da acidez de alguns quando o assunto arte e cristianismo a arte esteja presente nos plpitos, nas discusses e, sobretudo, na vida dos cristos; tornando-nos, assim, mais humanos; qui, mais divinos.
Notas
1. RAMOS, Leonardo, CAMARGO, Marcel, AMORIM, Rodolfo (org.). F crist e cultura contempornea. Viosa: Ultimato, 2009. p. 123.
2. WRIGHT, Christopher J. H. O Deus que eu no entendo. Viosa: Ultimato, 2001. p. 242.
Texto publicado originalmente na edio 335 de Ultimato.
Celebre a beleza! Este o convite que fazemos neste Especial. preciso olhar ao redor e reconhecer alguns trabalhos irveis produzidos por cristos no campo das artes. Independentemente da escolha religiosa do artista, o belo nos aproxima de Deus, pois dele provm. Contudo, esta uma mostra de cristos. Ultimato quer lhes dar visibilidade e incentivar o leitor a encarar a arte como um chamado. De certo esta uma mostra pequena e parcial. Por isso, convidamos voc, leitor, a expandi-la.

Em 2004, a editora Ultimato publicou os livros Cristo e a Criatividade, de Michael Card, e Cinema e F Crist, de Brian Godawa. Em seguida vieram A Arte e a Bblia (2010), de Francis Schaeffer, A Arte no Precisa de Justificativa (2010), de Hans Rookmaaker, entre outros. Ainda em 2012 chegar s livrarias A Arte Moderna e a Morte de Uma Cultura, tambm de Rookmaaker.
O portal Ultimato tambm no fica para trs, abrindo espao para a moada fazer arte. O boletim eletrnico Ultimato Jovem estampou em suas edies 22 fotos tiradas por jovens artistas. Em 2012, o informativo semanal Ultimas foi inaugurado com um novo espao: a cada edio traz no topo arte produzida por cristos.
Participe! e o portal Ultimato e indique obras, eventos, artigos, sites, vdeos e msicas. (Se preferir, escreva para [email protected]) Este apenas um sopro inicial. Quem sabe com a sua participao tenhamos flego para ir mais longe nessa nobre empreitada.
Um chamado para as artes
As artes tiveram destaque especial no Terceiro Congresso de Lausanne sobre Evangelizao Mundial, realizado na Cidade do Cabo, em 2010. O livro O Compromisso da Cidade do Cabo, fruto do evento e das reflexes a respeito do tema, reafirma que a arte parte integral do que fazemos como humanos e pode refletir algo da beleza de Deus. E acrescenta: Os artistas, no seu melhor, so narradores da verdade e, por isso, a arte constitui um meio importante atravs do qual podemos comunicar a verdade do evangelho (p. 81).
Desfrutar da beleza artstica de uma obra por si s deve ser o suficiente. Em outras palavras, a arte no precisa de justificativas. Esta afirmao de Rookmaker, ao contrrio do que se possa pensar, no faz uma apologia da arte pela arte, na qual o homem no tem mais lugar. Para ele,
"Embora a arte possa ser cultivada e apreciada pela simples funo de expresso esttica, ela carregada de substratos simblicos, ou representaes, que expressam a profunda qualidade de criaturidade do artista, sua relao com os sentidos ltimos da existncia, com a ideia de origem, com a diversidade de aspectos criacionais e com o real".1

No livro Surpreendido pela Esperana, N. T. Wright argumenta que a arte que melhor exprime a realidade do reino entre ns concilia as dores humanas com as promessas eternas.
Quando a arte souber harmonizar as feridas do mundo e a promessa da ressurreio, e aprender a express-las simultaneamente, estaremos caminhando para uma nova viso e para uma nova misso. [...] A arte, em sua melhor expresso, no somente chama a ateno para a realidade atual, mas aponta tambm para o futuro, quando a terra se encher do conhecimento de Deus, como as guas cobrem o mar. (p. 238)
Falar de eternidade, neste sentido, no significa anunciar uma impossibilidade de fazer arte no mundo presente, como se a vida eterna s se realizasse no porvir (Jo 17.3) e devssemos esperar por ela para produzirmos algo que valha a pena. Para muitos, o trecho de Apocalipse 21. 24-27 indica que a glria dos reis e das naes, que ser apresentada diante do Rei dos reis, constituda pelo acmulo das realizaes culturais ao longo das geraes.

Trata-se, ento, de iniciarmos agora o que ser pleno no futuro. O chamado para que a despeito da depravao total que abarca a arte, como fruto da queda, de um persistente mau gosto cristo, ou, ainda, da acidez de alguns quando o assunto arte e cristianismo a arte esteja presente nos plpitos, nas discusses e, sobretudo, na vida dos cristos; tornando-nos, assim, mais humanos; qui, mais divinos.
Notas
1. RAMOS, Leonardo, CAMARGO, Marcel, AMORIM, Rodolfo (org.). F crist e cultura contempornea. Viosa: Ultimato, 2009. p. 123.
2. WRIGHT, Christopher J. H. O Deus que eu no entendo. Viosa: Ultimato, 2001. p. 242.
Texto publicado originalmente na edio 335 de Ultimato.
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